O que é NFT? Conheça mais sobre essa tendência e como ela pode chegar até o Instagram
Se você gosta de estar sempre atualizado sobre o universo da tecnologia, com certeza já ouviu falar sobre NFT, um termo usado para designar a nova tendência digital, mas ainda pouco compreendido pelo público em geral.
Graças aos leilões de arte digital que se tornaram muito populares nos últimos anos, as NFTs também se tornaram conhecidas e seguem em alta nos assuntos mais comentados, tanto é que vieram parar aqui no blog.
Mas você realmente entende do que se trata essa tecnologia, por que ela é tão importante e por que falamos tanto sobre ela ultimamente?
Neste conteúdo vamos responder todas essas perguntas, entender qual é a relação das NFTs com as marcas e também como ela pode chegar ao Instagram. Continue acompanhando e descubra muito mais.
O que é NFT?
Apesar de vermos esse termo constantemente aqui na internet, em portais de notícias e até em conversas do dia a dia, você sabe realmente o que são as NFTs?
Muito além de uma tendência passageira, NFT é uma tecnologia que veio para ficar e, talvez, a forma mais fácil de entender o que ele é seja entendendo o que significa esse termo.
A sigla NFT vem do inglês non-fungible token que em tradução significa token não fungível, mas, vamos por etapas:
O que é token?
Se você usa algum app de banco, talvez já saiba o que essa palavra significa ou até mesmo já tenha usado.
No mundo financeiro, o token é aquela sequência de números (ou também letras, em alguns casos) gerada para autorizar senhas e transações bancárias.
Entendendo esse conceito, o token é como uma chave, uma identificação, certo? No caso do token das NFTs, seu significado está relacionado ao universo das criptomoedas ou moedas digitais.
Nesse contexto, ele é usado para designar a representação digital de um ativo também digital, como as obras de arte que já comentamos e até propriedades no mundo físico.
O que é não fungível?
De acordo com o Artigo 85, do Código Civil,
“São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.”
O código não traz uma definição para infungível, mas um jeito fácil de entender esse conceito é pensar em algo que seja contrário à essa descrição.
Assim, quando falamos que algo é “não fungível”, significa que aquilo não pode ser substituído ou reproduzido com as mesmas características exatas; é algo único.
Por isso, no universo das NFTs não existe a possibilidade de plágio ou qualquer tipo de cópia não autorizada.
Apesar da tecnologia ser recente, o conceito já era utilizado para categorizar bens muito antes da criação das NFTs. A diferença é que, agora, essas transações ocorrem no ambiente digital.
Então, resumidamente, NFT é um bem virtual único, graças ao seu certificado de propriedade digital em blockchain — de forma bem simplificada, um sistema que permite guardar e centralizar todas as informações de envio e recebimento de uma transação online.
A tecnologia atual permite que qualquer coisa seja uma NFT — obras de arte, músicas, jogos, skins dentro dos jogos, terrenos no metaverso, etc.
Como adquirir uma NFT?
Por ser tão exclusivo, uma NFT carrega muito valor agregado e por isso vemos, cada dia mais, transações milionárias envolvendo essa tecnologia.
Mas outra característica interessante da NFT é que, justamente por ser um bem digital, não dá para comprar uma com uma moeda física, como o real (R$).
Para negociar uma NFT, seja para adquirir ou vender, a transação é feita com criptomoedas e existem plataformas exclusivas para isso, como a Binance, CoinBase, Rarible e a OpenSea.
Um dos maiores benefícios da tecnologia é que todas as pessoas que fazem parte da transação têm acesso a todas as informações.
Isso torna o processo mais transparente e seguro para todas as partes e, por isso, tem sido usado cada vez mais no mercado.
O que regula essas transações é o blockchain, a tecnologia responsável por permitir o funcionamento das criptomoedas e, consequentemente, da compra e venda das NFTs.
NFTs e marcas — a nova parceria digital
É inegável que as NFTs vieram para ficar, seja para inovar, confrontar o mercado e inclusive, trazer novas oportunidades às marcas que querem se destacar da concorrência e manter sua posição na liderança do mercado.
Foi o caso do Coachella, por exemplo. Um dos maiores festivais de música e artes que acontece no deserto da Califórnia contou com ativações dentro do Metaverso na edição de 2022 para impactar e engajar o público.
Uma dessas ativações foi a parceria com a Absolut Vodka para a criação do Absolut.Land, uma réplica do festival no mundo virtual com experiências interativas e, claro, NFTs disponíveis para download em um espaço exclusivo.
Falamos mais sobre o evento em um post muito especial nas redes sociais da Layer Up. Não deixe de conferir!
E é claro que o caráter exclusivo das NFTs atrai o olhar dos colecionadores apaixonados. Essa já é a motivação de muitas marcas na hora de investir nesse mercado e criar uma experiência personalizada para seus clientes.
Foi assim que o Vasco, um dos maiores times de futebol do Brasil, decidiu se juntar à Block4 para criar ingressos virtuais colecionáveis em NFT, com recompensas exclusivas no mundo real para seus torcedores, como uma visita guiada à sede vascaína. Um ótimo exemplo de uma estratégia omnichannel!
Voltando ao universo das obras de arte, a MAC, uma das marcas de maquiagem mais conhecidas em todo o mundo, lançou sua primeira ação com as NFTs este ano, em parceria com a ConsenSys, mas com um objetivo bem diferente.
O lucro de todas as 5.275 obras presentes na coleção, feitas pelo artista Keith Haring, foram doados para campanhas de conscientização sobre o HIV/AIDS entre os jovens.
Além de ser um lindo gesto, a iniciativa homenageou Keith, que faleceu em decorrência da doença nos anos 1990.
NFT no Instagram
Ninguém sabe ao certo os rumos que essa tecnologia vai tomar, mas, se temos uma certeza é a de que, se está dando certo, uma hora ou outra ela vai acabar parando no Instagram.
A rede social da Meta não perde nenhuma oportunidade de trazer as tendências para dentro da plataforma e não foi diferente com as NFTs.
Em um anúncio no seu perfil pessoal em maio deste ano, Adam Mosseri, o Head do Instagram, contou que a rede começaria aos poucos a testar o compartilhamento de NFTs, pensando especialmente nos criadores de conteúdo da plataforma.
O lançamento, que começou como um teste para sentir como a comunidade reagiria à novidade, não foi limitado apenas para quem cria NFTs, mas também para colecionadores que querem compartilhar suas aquisições por ali também.
A ação só foi possível graças à parceria da Meta com empresas nativas em blockchain, que permitem a integração da plataforma com carteiras digitais, já que as transações são feitas exclusivamente por criptomoedas, lembra?
Aliás, não é de hoje que a Meta investe pesado em tecnologias ligadas ao blockchain, Metaverso e à Web 3.0. Um exemplo claro são as constantes atualizações da plataforma, sempre visando integrar as tecnologias mais recentes ao feed e torná-las acessíveis aos seus usuários.
Aparentemente, a fase de testes deu certo e agora, usuários do Brasil e de mais 100 países também podem conectar suas carteiras digitais e aproveitar as NFTs dentro da plataforma. Resta saber qual é a próxima novidade que vem por aí.
Esta é uma ótima oportunidade para proporcionar experiências mais imersivas, criar relacionamentos mais íntimos e oferecer itens exclusivos para os seus clientes dentro do Instagram.
O que achou dessa novidade? Não deixe de acompanhar outros conteúdos do nosso blog e ficar por dentro de tudo que acontece no universo do marketing, vendas e inovação.